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Colesterol alto em crianças

Atualizado: 25 de jan. de 2023

As crianças também podem ter alterações do colesterol!


As alterações do colesterol e triglicerídeos são chamadas de dislipidemias e podem ser classificadas em primárias, quando causadas por um defeito hereditário no metabolismo lipídico; e secundárias, quando causadas por outras doenças (obesidade, hipotireoidismo, uso crônico de corticoide, doença renal ou hepática, medicações).


O colesterol e os triglicerídeos são os principais lipídeos plasmáticos e eles têm funções importantes no nosso corpo: os triglicerídeos são responsáveis pelo transporte da energia dos alimentos e das reservas do organismo e o colesterol é um componente das membranas celulares e participa da síntese dos ácidos biliares, hormônios esteroides e vitamina D. Quando em excesso, o colesterol e triglicerideos são prejudiciais e podem levar a doenças como infarto, AVC, pancreatite.


Uma causa de dislipidemia na infância é a hipercolesterolemia familiar, que é um distúrbio genético que leva ao aumento do LDL colesterol, responsável por 5% a 10% dos casos de eventos cardiovasculares (infarto, AVC) em pessoas abaixo de 50 anos e aumento de mortalidade em adultos jovens. Aproximadamente 20% das meninas e 50% dos meninos com Hipercolesterolemia Familiar Heterozigótica terão um evento coronariano antes dos 50 anos de idade.


A identificação precoce da dislipidemia, associada à mudança no estilo de vida e ao tratamento medicamentoso pode atenuar o risco cardiovascular na vida adulta e por isso existem indicações de exames de triagem para as crianças. A idade para coleta dos exames depende da história familiar e presença de fatores de risco. É indicada triagem universal entre 9 e 11 anos.


Quando detectadas alterações nas dosagens de colesterol e/ou triglicerídeos, é necessária avaliação especializada para indicação de tratamento adequado.


Para de prevenir e tratar as dislipidemias é indicado:


- exercício físico regular (pelo menos 1 hora ao dia), redução do tempo de tela (TV, celular, computador).

- trocar gorduras saturadas de origem animal (manteiga, banha, bacon, toucinho) por gorduras poli-insaturadas (óleo de girassol, milho e soja) ou monoinsaturadas (azeite de oliva, óleo de canola)


- evitar e, se possível, abolir o consumo de gordura trans que estão nos ultraprocessados (margarina, chocolates, sorvetes, pães, biscoitos, molhos para salada, maionese, cremes para sobremesa, e óleos para fritura).


- aumentar o consumo de fibras solúveis (frutas, legumes, verduras, aveia, cevada, feijão, grão de vico, ervilha, lentinha).


- trocar carboidratos simples (brancos) por complexos (integrais).


- diminuir o consumo de açúcar e bebidas açucaradas (inclusive sucos industrializados).


Se você tem dúvidas sobre os níveis de colesterol do seu filho, converse com seu pediatra ou endocrinopediatra!

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