Crianças obesas serão adultos obesos? Sim! Pelo menos se considerarmos as tristes estatísticas atuais..
80% das crianças com obesidade grave serão adultos obesos.
Dos adultos com obesidade grave, apenas 38% tinham peso normal na infância.
O que podemos fazer para mudar essa realidade? Levar mais a sério a prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade infantil.
Infelizmente o número de crianças obesas aumenta de forma assustadora, o que ficou ainda mais evidente após meses de pandemia.
Tenho visto no consultório crianças que se tornaram sedentárias, famílias que pioraram muito a sua alimentação (excesso de fast food, ultraprocessados, diminuição dos vegetais), ansiedade e sintomas depressivos que são compensados com comida.
A mudança de hábitos é urgente para preservarmos a saúde física e mental das nossas crianças e famílias!
Retomar a atividade física: é seguro praticar atividades físicas ao ar livre, tomando os cuidados de higiene, mantendo a distância, usando máscara. As atividades na natureza (como já abordado em post anterior) trazem muitos benefícios às crianças, mas, se não for possível, pratique atividades dentro de casa: dança, gincanas, exercícios aeróbicos.
É recomendado que crianças pratiquem pelo menos 60 minutos de atividade física diária.
Melhorar os hábitos alimentares: não usar bebidas açucaradas e beber mais água, evitar alimentos ultraprocessados (bolachas, nuggets, salgadinhos, sucos industrializados), incluir vegetais em todas as refeições. Preparar e comer as refeições em família, evitando distrações (TV, celular, tablet) também ajuda a ter mais consciência do que estamos comendo.
As crianças não devem ser submetidas a dietas radicais, com restrição de nutrientes- elas estão em fase de crescimento! Uma alimentação equilibrada muitas vezes é o suficiente para a perda ou estabilização do peso.
Avaliação médica: para diagnosticarmos precocemente a obesidade, é necessário manter o acompanhamento médico. Faça uma consulta com seu pediatra e, se for necessário, ele irá encaminhar para avaliações especializadas (nutricionista, nutrólogo, endocrinologista, psicólogo).
Tratamento: a principal forma de tratar a obesidade é a mudança de hábitos, não só da criança- DE TODA A FAMÍLIA!
Mas nem sempre a mudança de hábitos é o suficiente e neste caso a prescrição de medicações deve ser feita por um especialista.
Se a mudança de hábitos ocorrer ainda na infância ou adolescência, poderemos ter um adulto sem obesidade!
Para provar que existem exceções às estatísticas, essas fotos mostram a minha história… Eu fui uma criança obesa e por mudar meus hábitos alimentares (com ajuda da família) e intensificar a rotina de atividade física perdi 20kg entre 14 e 15 anos.
Como uma doença crônica, o tratamento da obesidade exige continuidade: as histórias de sucesso nos mostram que somente mudanças duradouras geram resultados duradouros.
Você tem dúvidas sobre a obesidade infantil? Conhece mais histórias de sucesso ou dificuldade no combate à obesidade?
Compartilhe nos comentários!
#obesidadeinfantil #obesidadeeutratocomrespeito #obesidadenacriança #endocrinologiapediátricaflorianópolis #endocrinopediatria #endocrinologistapediatra
Komentarze