Você sabia que a prevalência de tumores adrenais é 10 a 15 vezes maior no sul e sudeste do Brasil quando comparamos com o resto do mundo?
Esta maior frequência está relacionada principalmente à maior prevalência de mutação do gene p53, que é um supressor tumoral. Crianças com Síndrome de Li-Fraumeni e Beckwith-Wiedemann também têm maior risco de desenvolver este tipo de tumor.
É necessário que o pediatra esteja atento aos sinais e sintomas dos tumores adrenais na infância.
Nas crianças, os tumores da glândula adrenal são funcionantes em 94% dos casos. Isso significa que eles secretam hormônios e é geralmente pelos sinais causados por esse excesso hormonal que ocorre a suspeita da doença.
O mais comum é a secreção de hormônios androgênicos ("masculinos"), o que pode causar virilização. Nas meninas pode ocorrer aumento do clitóris e nos meninos aumento do pênis. Também são sinais: pelos pubianos precoces (antes dos 8 anos em meninas e antes de 9 anos em meninos), acne, aumento da massa muscular, engrossamento da voz, aceleração do crescimento. O tumor pode secretar cortisol e o seu excesso causar face em lua cheia (aumento das bochechas), aumento da gordura abdominal, estrias e fragilidade da pele.
O excesso de outros hormônios da glândula adrenal pode causar hipertensão arterial e a presença do tumor pode ser percebida pela palpação de uma massa abdominal.
Quando existe suspeita de tumor adrenal, é necessária a avaliação por um endocrinologista pediátrico. Se for confirmado o diagnóstico, o tratamento e acompanhamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar (endocrinopediatria, cirurgia, oncologia).
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